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Latest revision as of 07:35, 28 November 2023
O Coletivo foi idealizado no ano de 2017 por mulheres negras gaúchas, inquietas acerca de temas que lhes afetam e a necessidade de deslocamento do pensar cartesiano, heteronormativo, vivido por elas que estão, majoritáriamente, dentro das universidades. Tem como fio condutor a energia de movimento e compartilhamento legado pela 'Atinuké’ primeira, Tatiana Renata Machado – militante negra, feminista e gaúcha, que precocemente retornou à massa de origem e nos deu o nome que é da língua Iorubá e significa ‘Aquela que merece carinho desde a gestação’. Nome que Tatiana recebeu ao ser iniciada na tradição do Batuque – que é uma forma de viver assentada na matriz africana, no espaço do terreiro e permeando toda a forma de ser e estar no mundo, integradas a uma identidade civilizatória. Assim, valorizamos nossas e nossos antepassados e os valores ancestrais legados/compartilhados e que nos chegam através de conversas, leituras, vivências, em forma de corporalidade, circularidade e oralidade. Como grupo de estudos, nos reunimos desde o ano de 2016, em Porto Alegre, organizamos turmas com atividades de leituras de mulheres negras em turmas fechadas e também em atividades abertas ao público. Desde então passaram pelo grupo de estudos mais de uma centena mulheres negras. A partir de Janeiro 2018 foi formalizado o Coletivo Atinuke, que se responsabiliza hoje pela gestão coletiva do grupo de estudos e demais atividades que surgiram após a primeira iniciativa, tais como lançamentos de livros, cursos ampliados de leituras de mulheres negras, encontros. Além disso, viramos projetos de extensão com as Universidades federais UNIPAMA e UFRGS. A turma que concluiu no final de 2018 contou com a presença de mulheres afro uruguaias, tornando a proposta internacional. O objetivo central é promover a troca, pesquisa e ampliação de conhecimentos sobre o pensamento de mulheres negras, feminismo negro, feminismo interseccional, mulherismo, feminino intelectual em âmbito local, regional e internacional e perceber como se reflete na sociedade, como estratégia política de apoderamento (tornar-se poderosa a partir do que se é – definição das Atinukés) e de combate à discriminação e ao racismo, principalmente no meio acadêmico, local onde a maioria participa e atua. Para tal planejamos estudar o pensamento de mulheres negras e o entrecruzamento com temas ligados às questões de gênero, sexualidade, raça/etnia, racismo e comunicação; produzir artigos científicos e publicações referentes à temática do pensamento das mulheres negras e promover intercâmbios acadêmicos e culturais com grupos similares, para que se disseminem mais o que está sendo produzido.